É estranho como certos acontecimentos, músicas ou textos nos remetem a algum lugar do passado. E certamente nesse algum lugar esta um alguem que "cruzou seu caminho e mudou a direção". Ah, essas memórias que nunca se apagam, mas pelo menos o sentimento delas aos poucos vai se transformando e o mais interessante passam a nao ser tão importante quanto eram.
A Borboleta ઇઉ
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"Às vezes me lembro dele. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo"
Caio F. Abreu
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