quarta-feira, 23 de junho de 2010

Natural è As Pessoas Se Encontrarem e Se Perderem

Pensei que no fundo a maioria de nós passa a vida a enganar os outros e a ser enganado. Quando nos é mais conveniente e menos doloroso a gente se permite ser enganado. Mas até que ponto nos convem manter essa postura? E quem é o ser que excerce tanta influência sobre nós ao ponto de nos enganar e ainda assim acharamos que esta tudo bem? Ainda nos falta a POSSE DE SI MESMO em algumas relações.
Muitas vezes dizer que o que os outros pensam é problemas deles não resolve. Não sei até que ponto podemos perceber que estamos sendo tolas e mesmo assim aceitar.
Pior é quando as pessoas esfregam as coisas na nossa cara e ainda continuamos a acreditar que nada aconteceu porque temos medo de sofrer, de perder, de desapegar. Pior talvez seja conviver com uma mentira, seja tentar superar e esquecer o que dificilmente será apagado. Por mais que façamos o ar de "ok, passou" "superei" depois de alguns episódios a gente passa a duvidar do que realmente vale suportar. Passamos a ver com olhos de desconfiança algumas atitudes. Perdemos a tranquilidade diante de coisas banais, mas que agora oferece perigo aos nossos sentimentos porque temos medo de enxergar o que não queremos admitir. Nos sabotamos frequentemente em prol de algo tão pequeno que a qualquer estremecer pode desmoronar.Nada melhor do que a realidade. O fim sempre nos alcança e sempre traz um novo começo.

AlineA.
Bjopossuasimesmo.


"Os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma que precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perderem no caos da desordem sem nexo."
Caio. F

terça-feira, 22 de junho de 2010


Seja Autêntico




Odeio certos comportamentos. Sempre que presencio algumas cenas mentalizo a seguinte frase: - que isso nunca aconteça comigo. que eu não cometa uma idiotice dessa.
Não gosto de presenciar pessoas excluindo as outras por conta de suas inseguranças e suas manias de posse. Tão pouco daquelas que gostam de pesquisar a vida alheia. Detesto dominadores que no fundo não passam de fracos. Gosto de compartilhar momentos, idéias, risos e "loucuras" com quem esta ao meu redor.Com quem é verdadeiro comigo.Não me sinto ameaçada pela presença de pessoas bonitas e inteligentes. Sou capaz conviver com os defeitos dos outros de forma pacífica porque sei que frequentemente as pessoas convivem com meus piores defeitos, com minha indiferenca, minhas palavras ácidas e minha sinceridade que muitas vezes não é bem vinda.
Não é uma aparência bonita e atraente que conquista os outros, mas a autenticidade e a singularidade de cada um. Não preciso excluir ninguém para conquistar meu espaço. Não preciso me fazer de simpática e legal para que gostem de mim. Uma hora as máscaras caem e sem que a gente perceba os observadores já perceberam quem tem personalidade e quem só vive para agradar os outros.


AlineA.

bjonaoprecisafingir



“Estou sendo muito honesto ao te contar essas coisas, poderia facilmente escondê-las: sei que me arrisco a te chocar, te ferir, te agredir.” CFA


"Somos finos como papel. Existimos por acaso entre as porcentagens, temporariamente. E esta é a melhor e a pior parte: o fator temporal. E não há nada que se possa fazer sobre isso. Você pode sentar no topo de uma montanha e meditar por décadas, que nada vai mudar. Você pode mudar a si mesmo para ser aceitável, mas talvez isso também esteja errado. Talvez pensemos demais. Sinta mais, pense menos!"

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Primeiro Remédio - O Tempo


O primeiro remédio que dizíamos é o tempo. Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas que partem do centro para a circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino, porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já não tira, embota-lhe as setas, com que já não fere, abre-lhe os olhos, com que vê o que não via, e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda esta diferença, é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhes os defeitos, enfastia-lhes o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor? O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de  amar menos


Sermão  do Mandato (1643), de Padre António Vieira.

quinta-feira, 10 de junho de 2010


“... Todo mundo conhece piruá. Piruá é pipoca que se recusou a estourar. Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas Acham que não pode haver coisa mais maravilhosa do que ser o jeito como elas são. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia, deliciosa de ser comida com um salzinho. Não vão dar alegria para ninguém. Comidas as pipocas, os piruás vão para o lixo. Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...”

(Rubem Alves)

sábado, 5 de junho de 2010

E Foi Assim Mesmo




Não havíamos marcado hora, não havíamos marcado lugar. E, na infinita possibilidade de lugares, na infinita possibilidade de tempos, nossos tempos e nossos lugares coincidiram. E deu-se o encontro.



Rubem Alves
15-colbie caillat-tutrn your lights down low (live) by Aline Augusto