terça-feira, 31 de agosto de 2010

Um Dia Cai



Qual é a farsa que você te satisfaz? A farsa da felicidade instantânea de uma semana? A farsa da visão que se recusa a acreditar naquilo que viu? A farsa de uma vida tranqüila? A farsa de uma mentira contada como verdade? A farsa do apego que te prende ao atraso de vida? Cada um de nós encena por ilusão, carência, solidão, desejo, apego, ou seja, lá o que for uma peça de teatro. Temos sempre uma platéia assistindo o nosso drama, comédia ou romance. Muitos expectadores por saberem mais do que deveríamos saber, mas não sabemos, analisam nossa encenação e tiram suas próprias conclusões. Têm protagonistas tão bons que enganam até os mais espertos. Também temos coadjuvantes que ganham papel de destaque. É a ilusão nossa de cada dia que apoiamos com tanta convicção, mas que tem sempre como figurante a realidade esperando para pegar o papel principal. Decepção só vive quem adere à farsa como verdade. Desilusão só tem quem escolhe ignorar os sinais. Quanto mais sustentamos a farsa mais sofremos, é fato. Viver sem ilusão, sem mentiras é quase impossível. Possível é escolher que tipo de artistas seremos. Podemos escolher a realidade que nos liberta ou a farsa que nos atrasa. Escolher a verdade que tranqüiliza a consciência ou farsa que nos desacredita. Cada um na sua, mas com alguma farsa em comum.
AlineA.
Bjomascarado

“Tem mil moedas de ouro para comprar Alma, sorrisos, status e paixões Que até parecem que em lá do coração Mais não vem não
Fogueiras de Desilusões - Natiruts

Nenhum comentário:

Postar um comentário